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terça-feira, 19 de agosto de 2008

As aventuras de Eri fazendo trabalho voluntário

Outro dia fui brincar de ser boazinha e fazer trabalho voluntário. Eu e minha irmã.
Bom, fomos a um colégio na Zona Sul de São Paulo, onde crianças de algumas creches chegariam para passar o dia conosco.
Como eu amo crianças, a primeira coisa que pensei foi: “o dia vai ser ótimo e vai ser superfácil cuidar dos pequenos”. Ledo engano.
Tudo começou quando os organizadores do evento foram fazer uma apresentação um pouco antes da chegada dos ônibus. Descobri, naquele momento, que havia 600 voluntários para cuidar de 1.200 crianças. Mas... sempre tem um mas... apenas 400 compareceram, então teríamos que cuidar de 3 crianças.
“Ah, quem cuida de duas, cuida de três” – foi o que disse à minha irmã. E ela concordou. Só que não paramos para pensar que não possuíamos uma terceira mão, um terceiro braço.
Quando os ônibus começaram a chegar, os voluntários se amontoaram, disputando as crianças que desciam como se fossem notas de euros, daquelas bem gordas. E eu a minha irmã só olhando, sem saber direito o que fazer.
Neste momento, eu, me achando o mais esperto dos seres humanos, disse a ela: “olha, tem mais ônibus chegando, vamos lá pra trás e já pegamos as primeiras crianças que descerem”. “Ótima idéia, vamos!”.
Ansiosas, paramos em frente aos ônibus e, quando as portas se abriram, pegamos os três primeiros da fila de dois ônibus seguidos. Felicidade total, afinal, nosso primeiro objetivo (que era encontrar nossos pupilos) fora atingido! Vamos lá!
Fomos para o parquinho e ensinei-lhes a ficar na fila de cada brinquedo. Até aí, tudo corria bem. Mas depois um queria voltar para o escorregador, a outra queria ir para a balança e a outra não queria mais brincar. E o que se faz quando você é apenas uma e só tem 2 mãos? A esta altura do campeonato, já tinha perdido a minha irmã de vista.
Depois de algum tempo fazendo inúmeras negociações com eles (acreditem, é muito mais fácil negociar um aumento de salário com o seu chefe!), fomos todos à área de recreação onde havia material para pintura. Pensei: finalmente, vou mantê-los ocupados!
Mas o menino não queria pintar. Viu um jogo de futebol e queria assisti-lo. Então eu fiquei dividida, naquele estilo um olho nas gatas e outro no peixe, sabe?
Nisso encontrei minha irmã e pensei em montar uma força-tarefa. Ela parecia estar lidando melhor com os seus pequenos. Mas era apenas impressão.
Num determinado momento, uma professora veio abraçar meus “filhos-postiços”. E me disse: “Nossa, você pegou os piores!”. E eu: “é mesmo? Eu peguei os primeiros que saíram do ônibus”. E ela continuou: “Então, os piores! Os que já estavam de pé antes de o ônibus estacionar, os mais inquietos, terríveis etc, etc, etc!”. Ai... Meu dia estava apenas começando.
Só sei que foi assim, correndo de um lado para outro, comendo um hot-dog aqui e outro ali, quando eles tinham vontade (pois nem fome eu sentia), que passamos o dia.
Em alguns momentos, um fazia bico, a outra chorava, mas, inacreditavelmente, fui conseguindo administrar a confusão.
E, lá pelas 3 da tarde, ia começar um show em que todos nós ficaríamos sentados. Finalmente!!! Não que eu quisesse me sentar, mas parecia ser um modo bem mais fácil de controlá-los.
Eu só sei que depois de 10 minutos, o pirralho de cinco anos queria me beijar na boca. E as outras diziam: “deixa, tia, deixa”. Só me faltava, além de tudo isso, passar por pedófila – pois ele quase me acertou os lábios!
Descobri (e tenho que confessar que me alegrei) que nessa parte não precisávamos mais ficar lá. Podíamos, se quiséssemos, mas nossos corpos não agüentavam mais. Então saímos à francesa, deixando os posticinhos-rebeldes para trás.
Sentamos num café para tomar algo e não conseguíamos mais nos levantar. Fim do fim-de-semana.
Mas querem saber? Faríamos tudo novamente...

9 comentários:

the writter; disse...

Olá! (:
Brigada meesmo por passar no meu blog, e brigada pelos elogios e dica do futuro! (:
Eu entendo bem essa de cuidar de pequenos, no meu colégio, sempre fazemos festa pra entidades carentes, orfanatos... E eu, como faço parte de um grupo do Corpo de Baile, somos meio que obrigados, mas devo admitir que é muiiito bom ver aqueles pitoquinho sorrindo e correndo e a gente tudo correndo atrás! Mas eu acho legal essas coisas de fazer o bem! Eu me sinto super bem, apesar das dores nas pernas e nos braços..
Gostei do seu blog. É bem, diversificado! (:
Que a gente ainda tenha muitos anos de blog! (:
Beijão!

Clarissa disse...

Ai, meus sais... não sei mais se deixarei meu filho passar um fim de semana com a tia Eri... hahahahahaahaga

Também já tive experiência de cuidar de pimpolhos desta faixa etária. Sempre gostei, acho que é uma das melhores fases. Ficava quebrada no final do dia, mas me sentindo muito feliz. Criança é assim. Ilumina qualquer lugar. Bom, nem todas... mas, boa parte.

Sinto que foi um treinamento para eu receber o meu filho da melhor forma possível. E vc? Está se preparando também? Heheheheheh

;ˆ)

Bjs!!!

Anônimo disse...

Cara Érica, desculpe a iniciativa, mas indiquei você à minha cunhada, que resolveu se mudar de Cuiabá para São Paulo, e trouxe a tiracolo duas lindas crianças, uma garota pré-adolescente, que grita sempre que contrariada, e um garoto de 6 anos, tranqüilo, tranqüilo ... no 3º dia na nova escola, recebeu uma advertência, pois disse à professora: "eu odeio você!" ....
Não falei em valores, mas pelo que percebi em suas aventuras como voluntária, cuidar dos dois será "fichinha" .... bjs, e boa sorte!

Eri Kay, Blog da Eri disse...

Hehehe! Adorei os comentários de todos vocês...

Roger, que saudade! valeu pela indicação! Estava mesmo sem saber o que fazer nas poucas horas vagas que me restam... ;)

Beijos

Guida disse...

Eriquinha
Adorei a tua prosa , escreves super bem e de um modo gostoso...brincalhão e leve eu estava lá contigo ... continua,...aliás a foto do lugar maravilhoso tem cara de Costa Amalfi na Italia, acertei?
Bjocas gigantes!!!!!
Tua amiga Guida

Marcos Costa Melo disse...

hehe, criançada hoje em dia não está fácil mesmo. Imagine os professores, que tem de aguentar elas todos os dias.

abs

Anônimo disse...

que animo pra fazer tudo de novo!
mas é bom realizar algo fora do nosso costume.
tadinhas dessas crianças talvez sejam assim arredias por conta da vida...

Homenzinho de Barba Mal feita disse...

Realmente, é uma tarefa e tanto cuidar de criança, ainda mais qdo são três e, ainda por cima inquietos. Eu não teria tamanha coragem...rs


Bjos!!!

Anônimo disse...

Huahuahuahuahuhua Agora q eu vi esse texto, ai jesus!!!!!!
Imagina ter q negociar com o próprio filho? belive me, é bem mais complicado! kkkkkkkkkkk

E eu ainda quero ter mais uns 2, no mínimo! rsrsrsrs