Eu morria de vontade de conhecer o Marrocos. No ano 2000, estava na Espanha com 2 amigas e queríamos atravessar o Estreito de Gibraltar para visitar Tânger. No entanto, o gerente do nosso hotel afirmou categoricamente que seria muito perigoso fazermos isso, pois mulheres jamais deveriam ir ao Marrocos desacompanhadas (acho que isso é uma grande mentira, mas... uma mulher pode até ir sozinha se estiver sempre acompanahda de um guia, ou numa excursão).
Este ano, finalmente, eu fui ao Marrocos com o meu marido. E foi ele quem sugeriu, acreditam? Não fazia parte da minha lista de proridades momentâneas, mas eu topo quase qualquer coisa quando o assunto é viagem.
Fizemos as cidades imperiais (Fez, Marrakech, Rabat e Meknes). Gostei muito, é tudo muito diferente, mas também muito sujo e muito pobre (em alguns lugares), o que não faz com que a gente se apaixone por lá. Não é como Paris, lugar que já tive oportunidade de visitar algumas vezes (paramos lá na volta também), e que, mesmo com cheiro de urina em vários pontos da cidade, continua a ser sempre maravilhosa e a gente até esquece do cheirinho...
Neste texto vou fazer um apanhado geral sobre o país. Depois, tentarei escrever sobre cada cidade visitada.
Uma palavra que sempre será ouvida no Marrocos é Medina. Medina tem dois signficados: cidade e, hoje mais usual, cidade antiga. É o centro antigo, comercial, de cada cidade. Geralmente, não passam carros por ele e há inúmeras lojas, grudadas umas às outras.
Pra variar (ano passado foi a mesma coisa na Turquia), pegamos o Ramadã (mês do jejum dos muçulamanos), o que complicaria um pouco a viagem, caso não estivessemos numa excursão. Alguns restaurantes não abrem nem mesmo durante o almoço. E as mesquitas ficam abarrotdas, principalmente às sextas-feiras à noite.
O povo marroquino é bem simpático e agradável. Mas se você lançar o mais discreto olhar sobre um produto que esteja sendo vendido... Será perseguido até por vários minutos, pois o vendedor achará que você quer realmente comprar e só precisa negociar o preço. Aliás, se você gostar mesmo de algo, negocie. Eu vi uma bolsa (não gostei muito da famosa “marroquinerie”) que era a mais bonita (ou menos feia, rs) de uma loja de artigos de couro. E custava 140 euros. O vendedor me perguntou quanto eu pagaria por ela. E para me livrar dele, disse que se eu a tivesse amado muuuuito (o que, definitivamente, não era o caso), pagaria 50 euros. Aí ele começou: 130, 125, 115, 100 pra fechar! E uns argentinos do meu grupo, achando que eu queria comprá-la, disseram que em Buenos Aires não custaria mais de 70 euros. O que colocou mais energia no vendedor: 90! E não se fala mais nisso! E eu continuava tentando fugir... 85? 80! OK, 70, então, como seus amigos sugeriram. Que sacooooo! Me tira daqui! Comecei a sair da loja, pois não via outra solução. E ele foi atrás de mim, gritando: 50, eu faço por 50! Bom, ele foi dormir frustrado, mas se você tiver interesse em algo, veja que pode passar de 140 para 50 euros em questão de minutos!!!
Comida - ah, esse era um grande problema para a maior parte das pessoas. Basicamente, você tem algumas opções: cuscuz, tajine, cuscuz, tajine, cuscuz... argh! Tem algo além disso? Hmmmm... não muito! No quarto dia você não aguenta mais essa enorme variedade. Além disso, muita gente passa mal com o tempero. Os italianos do nosso grupo foram os mais fracos e os brasileiros os mais resistentes, hehe.Eu só sei que aquele temperinho tem algo de muito bom para o intestino – ainda não descobri o que é, mas funcionou feito um reloginho, coisa que nunca aconteceu antes comigo.
Bom, por hoje paro por aqui. Mas logo trago mais novidades!
Beijo do blog da Eri!
Um comentário:
Parece ter sido uma viagem inesquecivel.
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