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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Passeio pelo Marrocos

Eu morria de vontade de conhecer o Marrocos. No ano 2000, estava na Espanha com 2 amigas e queríamos atravessar o Estreito de Gibraltar para visitar Tânger. No entanto, o gerente do nosso hotel afirmou categoricamente que seria muito perigoso fazermos isso, pois mulheres jamais deveriam ir ao Marrocos desacompanhadas (acho que isso é uma grande mentira, mas... uma mulher pode até ir sozinha se estiver sempre acompanahda de um guia, ou numa excursão).

Este ano, finalmente, eu fui ao Marrocos com o meu marido. E foi ele quem sugeriu, acreditam? Não fazia parte da minha lista de proridades momentâneas, mas eu topo quase qualquer coisa quando o assunto é viagem.

Fizemos as cidades imperiais (Fez, Marrakech, Rabat e Meknes). Gostei muito, é tudo muito diferente, mas também muito sujo e muito pobre (em alguns lugares), o que não faz com que a gente se apaixone por lá. Não é como Paris, lugar que já tive oportunidade de visitar algumas vezes (paramos lá na volta também), e que, mesmo com cheiro de urina em vários pontos da cidade, continua a ser sempre maravilhosa e a gente até esquece do cheirinho...

Neste texto vou fazer um apanhado geral sobre o país. Depois, tentarei escrever sobre cada cidade visitada.

Uma palavra que sempre será ouvida no Marrocos é Medina. Medina tem dois signficados: cidade e, hoje mais usual, cidade antiga. É o centro antigo, comercial, de cada cidade. Geralmente, não passam carros por ele e há inúmeras lojas, grudadas umas às outras.

Pra variar (ano passado foi a mesma coisa na Turquia), pegamos o Ramadã (mês do jejum dos muçulamanos), o que complicaria um pouco a viagem, caso não estivessemos numa excursão. Alguns restaurantes não abrem nem mesmo durante o almoço. E as mesquitas ficam abarrotdas, principalmente às sextas-feiras à noite.

O povo marroquino é bem simpático e agradável. Mas se você lançar o mais discreto olhar sobre um produto que esteja sendo vendido... Será perseguido até por vários minutos, pois o vendedor achará que você quer realmente comprar e só precisa negociar o preço. Aliás, se você gostar mesmo de algo, negocie. Eu vi uma bolsa (não gostei muito da famosa “marroquinerie”) que era a mais bonita (ou menos feia, rs) de uma loja de artigos de couro. E custava 140 euros. O vendedor me perguntou quanto eu pagaria por ela. E para me livrar dele, disse que se eu a tivesse amado muuuuito (o que, definitivamente, não era o caso), pagaria 50 euros. Aí ele começou: 130, 125, 115, 100 pra fechar! E uns argentinos do meu grupo, achando que eu queria comprá-la, disseram que em Buenos Aires não custaria mais de 70 euros. O que colocou mais energia no vendedor: 90! E não se fala mais nisso! E eu continuava tentando fugir... 85? 80! OK, 70, então, como seus amigos sugeriram. Que sacooooo! Me tira daqui! Comecei a sair da loja, pois não via outra solução. E ele foi atrás de mim, gritando: 50, eu faço por 50! Bom, ele foi dormir frustrado, mas se você tiver interesse em algo, veja que pode passar de 140 para 50 euros em questão de minutos!!!

Comida - ah, esse era um grande problema para a maior parte das pessoas. Basicamente, você tem algumas opções: cuscuz, tajine, cuscuz, tajine, cuscuz... argh! Tem algo além disso? Hmmmm... não muito! No quarto dia você não aguenta mais essa enorme variedade. Além disso, muita gente passa mal com o tempero. Os italianos do nosso grupo foram os mais fracos e os brasileiros os mais resistentes, hehe.Eu só sei que aquele temperinho tem algo de muito bom para o intestino – ainda não descobri o que é, mas funcionou feito um reloginho, coisa que nunca aconteceu antes comigo.

Bom, por hoje paro por aqui. Mas logo trago mais novidades!

Beijo do blog da Eri!